ENTREVISTA COM A PROFESSORA DOUTORA LAURA TEY


Entrevista com a Profª. Drª. Laura Tey sobre vários aspectos da Sociolinguística.

MAFALDA NO MUNDO DAS DESIGUALDADES



O cenário da narrativa é composto pelos utensílios utilizados pela mãe para o crochê, o que indica um ambiente simples, no qual inexiste luxo ou necessidade de preservar alguma lembrança. Além disso, as formas arredondadas dos objetos e dos balões sugerem sensações de segurança, harmonia e proteção. A ausência de explícito diálogo nesse quadrinho, pode servir a múltiplos propósitos, dentre os quais podemos destacar: espaço de reflexão dos participantes e espaço destinado a leitor e a autor para também refletirem acerca do diálogo em cena. 

Nos demais quadrinhos, a interação visual-verbal, em que o enquadramento que está em plano aberto, predomina a estrutura bidirecional, por isso os participantes representados nas imagens são chamados de interatores. Mais uma vez, no plano discursivo, vemos que os elementos da fala de Mafalda carregam conteúdo semântico muito expressivo, porquanto se mantém contestador, o que pode ser observado no trecho inicial do primeiro quadro: “Mãe,pra que a gente está no mundo?”. 
É mister destacar também, do ponto de vista linguístico, o uso da preposição “para”, que, na fala da criança, surge na forma coloquial “pra”, indicando finalidade, e não causa. O uso da preposição com valor final em detrimento de um termo de valor causal (preposição por e pronome relativo que) não nos leva a refletir sobre nossa missão no mundo como também retrata a sociedade argentina daquela época, porque se expõe a discussão de temas políticos e sociais de interesse local e mundial, tais como educação, trabalho, globalização, desenvolvimento tecnológico e solidariedade, implícitos na pergunta.

A narrativa apresenta foco narrativo em primeira pessoa, cuja protagonista é a menina Mafalda, de apenas seis anos de idade.
Texto completo : http://periodicos.unitau.br/ojs-2.2/index.php/caminhoslinguistica/article/viewFile/1543/1089

Nesse trabalho, analisou-se o texto chárgico a partir de uma perspectiva interacionista. Para tanto, analisaram algumas charges de Leonardo publicadas no Jornal do Brasil no período de 13 de julho de 2007 a 12 de agosto do mesmo ano, detendo-se no estudo da interação entre seus personagens e vinculando a inabilidade destes em gerenciá-la à produção do humor.


O texto completo do artigo pode ser encontrado AQUI ou na Biblioteca do blog.



Este trabalho, da pesquisadora Paula Guimarães Simões, discutiu como a mídia delimita enquadramentos para abordar a vida das celebridades. A noção de enquadramento, ancorada nas contribuições de Gregory Bateson e Erving Goffman, diz respeito àquilo que permite identificar “o que está acontecendo aqui”, ou seja, o tipo de interação que se desenrola em certa situação. À luz dessa discussão, a autora tomou como objeto de reflexão a atuação do jogador de futebol Ronaldo Nazário de Lima, na final da Copa do Mundo de 1998. A análise revela mudanças no modo como o jogador é posicionado pela mídia, oscilando entre o heroísmo e a humanidade, a celebridade e a ordinariedade, que configuram a imagem desse ídolo.


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O artigo do link abaixo, da Prof. Dra. Wânia Terezinha Ladeira, examina e descreve alguns métodos de pesquisa qualitativa no campo da Sociolinguística Interacional. Pressupostos teóricos e metodológicos do método etnográfico e da observação participante, oriundos da pesquisa de campo na área da Antropologia e da Sociologia, são aplicados aos estudos linguísticos de cunho empírico.


Na pesquisa Sociolinguística, métodos etnográficos frequentemente são associados a gravações de fala-em-interação com técnicas de transcrição baseadas nos estudos de Análise da Conversa. Esse método envolve audições repetidas e procedimentos detalhados de descrição de fala que permitem grande rigor analítico e confiabilidade de transcrição de dados linguísticos ocorridos em interações cotidianas.


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O uso da linguagem na comunicação vem sendo alvo de estudos da sociolinguística interacional, os contextos em que esta linguagem se realiza e as respectivas condições onde estas interações acontecem. A sociolinguística interacional investiga a maneira como estas interações ocorrem, seu contexto, o que está sendo enfatizado e que mudanças esta percepção de situação pode gerar.

O contexto é parte relevante para compreensão da situação que ocorre dentro do texto, existem certas pistas ou marcas de contextualização, que, se não são bem interpretadas causam falha na comunição e consequentemente  desentendimento entre falantes.


O artigo tem como objetivo caracterizar os mecanismos da linguagem que devem marcar  uma comunicação, a partir da estória do encontro de Alice com Humpy Dumpy, onde ela tenta entender o que ele está dizendo, mas a complexidade da estrutura pragmática gera um conflito entre ambos.

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O artigo do link abaixo, das autoras Mariana de Castro Atallah e Mayara de Oliveira Nogueira analisou um fragmento de uma entrevista realizada no ano de 2012, na cidade de Serra, município integrante da Grande Vitória (Estado do Espírito Santo), gravada em vídeo e áudio, com uma idosa que vive em uma instituição de longa permanência (de caráter filantrópico) desta cidade. Tencionou explorar, numa perspectiva que se alinha à Sociolinguística Interacional, fenômenos tais quais o de enquadre, footing (GOFFMAN, 1964; 1974), organização sequencial de fala (SACKS, JEFFERSON E SCHEGLOGG, 1974; PSATHAS, 1995) e, em especial, a fala institucional (JUNG; LORDER, 2009). A entrevista foi feita pelo método etnográfico de pesquisa em campo e transcrita com base nos estudos da Análise da Conversa; a interação foi realizada numa sala médica existente no interior da instituição e contou com quatro participantes: as duas pesquisadoras, uma idosa e uma enfermeira.



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O artigo, do link abaixo, em slides, toma como objeto de investigação as narrativas em uma audiência de conciliação do PROCON, em uma cidade de Minas Gerais. A pesquisa é de natureza qualitativa e apresenta um estudo de caso, ancorado nos pressupostos teóricos da Linguística Interacional. A narrativa é considerada um objeto conversacional, sequencial e discursivo. O estudo mostra que as narrativas compareceram fundamentalmente nas fases de apresentação da reclamação pelo reclamante e na aceitação ou refutação da reclamação pelo reclamado, fazendo parte do jogo argumentativo na discussão sobre a legalidade nas relações de consumo.


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O trabalho a seguir, um artigo de autoria de Maria da Penha Pereira Lins, Vanda Maria da Silva Elias e Rivaldo Capistrano de S. Jr, da Escola de Comunicação e Artes da USP, investiga as estratégias utilizadas em processos de referenciação na construção de objetos-de-discurso em tira de quadrinhos utilizando como material o personagem Gatão de Meia Idade, do cartunista Miguel Paiva.


Os autores não são da área de linguística, mas de comunicação, porém se valem dos conceitos da sociolinguística interacional, como “scripts”, “esquemas”, “cooperação”, "enquadres", "footing", "pistas de contextualização" para explicarem como se dá o efeito humorístico das tirinhas.


Em sua conclusão, eles colocam que "o humor, (...) advém, muitas vezes, da identificação de objetos-de-discurso que se constroem em torno de uma estrutura de expectativa gerada nos primeiros quadros, mas, ao serem recontextualizados nos quadros seguintes, quebram com essas expectativas", aplicando aí a base teórica dos esquemas da sociolinguística interacional.


Embora _reiterando_ não seja um artigo específico dessa área, ele demonstra como pode ser importantemente usado de modo multidisciplinar.


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Letramento, indícios de humor - Poliana Pimentel Silva



Poliana Pimentel Silva (Universidade Federal de Alagoas)
Letramento, indícios de humor e o fenômeno da negociação da imagem nas aulas de inglês

Seguindo os encalços teóricos da Sociolingüística Interacional e da Lingüística Aplicada, o presente projeto de pesquisa visa analisar os indícios de humor (BATESON, 2002) dentro do fenômeno da negociação da imagem (GOFFMAN, 1963) durante o processo de ensino e aprendizagem de inglês. Levando em consideração a preocupação ao qual esse processo se desenvolve e da possibilidade de auxiliar na construção de sentidos, refletiremos sobre as teorias dos Novos Letramentos (BRYDON, 2009; MONTE MOR, 2009) no novo contexto que reclama o ensino de línguas estrangeiras.

A IDENTIDADE ADOLESCENTE E A VARIAÇÃO LINGUÍSTICA

Com base em pressupostos da Sociolinguística, este trabalho visa analisar um corpus obtido por meio da gravação de falas de seis adolescentes, a fim de observar qual a relação entre a identidade e a produção linguística do falante, mostrando o uso dos recursos variacionais para afirmação, num processo dinâmico, das diversas dimensões da identidade social, além de observar que peso têm os grupos nos quais o adolescente deseja se inserir e os papéis sociais que representa na formação de sua identidade.


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